Eventos climáticos: a importância dos alertas e dos cuidados de cada um

Embora o Brasil não registre casos de terremoto, maremoto ou outros fenômenos que ocorrem em várias partes do globo, passamos por eventos climáticos que resultaram em grandes perdas vitais e materiais. Para falar somente no Rio Grande do Sul, tivemos a enchente do Vale do Taquari, em setembro de 2023. Em Santa Maria, temporais recentes causaram muitos estragos e estresse na população. As mudanças climáticas, dessa forma, estão entre nós e os seus resultados podem ser catastróficos.

Meteorologia e informação pública

Para amenizar os possíveis impactos dessa realidade, as Defesas Civis estadual e municipais têm emitido alertas meteorológicos à população. Antes de chegar ao público, as informações são compiladas por órgãos de monitoramento brasileiro, como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Agência Nacional de Água e Saneamento Básico (ANA), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), entre outros.

No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil também conta com o auxílio da Sala de Situação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Uma das principais funções desse centro é emitir avisos hidrometeorológicos e boletins diários, semanais e mensais que possam contribuir para a tomada de decisão da Defesa Civil estadual perante a eventos adversos. 

Todos esses serviços públicos, aglutinados em diferentes órgãos, contribuem para que os alertas sobre os eventos climáticos cheguem à população, de modo seguro e preventivo. Ou seja, toda informação detectada é avaliada segundo o tipo de evento, a vigência e o grau de severidade, sendo depois emitida para as Defesas Civis, as quais emitem um posicionamento à população.  

A importância de entender os alertas

Em reportagem de 24 de março deste ano, o Diário de Santa Maria abordou o assunto, apresentando avaliações de especialistas da área, já que, algumas vezes, a confiabilidade dos alertas e das previsões são questionadas. Segundo os meteorologistas, essa postura coloca vidas em risco e ocorre devido à falta de conhecimento sobre a temática.

De acordo com o meteorologista da BaroClima Meteorologia, Gustavo Verardo, equipamentos precisos e monitoramento ampliam a confiabilidade da meteorologia, bem como o ensino da disciplina desde a pré-escola. 

A expansão do uso das redes sociais trouxe praticidade para alguns setores, mas para outros não. Atualmente ocorre uma banalização de avisos meteorológicos por parte da população. Os avisos, que são válidos, muitas vezes são enviados para 90% da população que não sabe o que fazer em um caso extremo”, analisa.

Para o meteorologista e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Vagner Anabor, atualmente, as informações fornecidas tendem a ter alto índice de precisão, especialmente, por conta dos avanços tecnológicos na área.

Desde os anos 1980, quando as redes de observação via satélite aumentaram e os modelos meteorológicos ficaram mais modernos no mundo todo, “demos um salto na qualidade da previsão do tempo. Ela saltou de um grau de precisão de 70% para um período de sete dias para 95%”, afirma.

Então, “essa ideia de que a previsão do tempo não funciona, é difícil. Ou, às vezes, quando vemos agentes do Estado dizendo que um fenômeno é imprevisível, não é verdade. Os fenômenos meteorológicos são previsíveis. Não podemos mais compactuar com essa ideia de que não funciona. Se você tem a previsão do tempo que não funciona, você está consultando as fontes erradas”, destaca Verardo.

Para saber mais sobre tipos de eventos climáticos e ações de enfrentamento, veja o guia da Prefeitura de Santa Maria: Como agir em caso de desastres naturais (Defesa Civil de Santa Maria – 2019). Para acessar clique aqui

Além de ficar atento e procurar entender as mudanças meteorológicas, em caso de eventos climáticos como vendaval, alagamentos e outros, é importante tomar cuidados e seguir orientações básicas da Defesa Civil para se proteger:

– Feche bem a sua casa, evitando canalização de ventos no interior da residência;

– Desligue os eletrodomésticos da tomada;

– Evite utilizar chuveiros elétricos e celulares com o carregador conectado à energia;

– Evite deslocar-se para áreas afetadas;

– Em caso de falta de energia tome cuidado com o uso de velas;

– Em caso de sinistros ligue para as autoridades e permaneça em local seguro até melhorar do tempo.

CONTATOS DE AJUDA

Se precisar de ajuda, entre em contato por meio dos números:

CIOSP (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública de Santa Maria)

153
(55) 99217- 8122 (WHATSAPP)
(55) 99167 – 4728 (WHATSAPP)
(55) 99167 – 8452 (WHATSAPP)
(55) 3174 – 1552

DEFESA CIVIL

(55) 3174 – 1552 (RAMAL 2) (55) 99110 – 7940 (WHATSAPP)